“O inteligente debate ideias, não pessoas.”
Há quem diga que conversa e discussão são a mesma coisa, mas, para mim, uma discussão é uma conversa desrespeitosa e inútil. Não há nada mais importante do que se comunicar bem para estabelecer bons relacionamentos, seja no ambiente profissional, social ou íntimo.
Mas, será que sabemos, de fato, nos comunicar bem? Se exigimos que os outros falem conosco apenas dentro das regras de comunicação que dominamos, então não estamos nos comunicando de maneira eficaz.
Se não sabemos ouvir, compreender e acolher, também não sabemos conviver. Afinal, saber falar sem desmerecer o outro e ouvir sem a necessidade de intervir são qualidades de quem se relaciona de maneira saudável. Contudo, expressar-se com clareza e escutar para entender, sem a pressa de responder, não é uma habilidade fácil de dominar, não é mesmo?
Você já parou para refletir sobre a forma como se expressa? Já notou a energia e o tom da sua voz? Qual é o seu nível de tolerância quando o outro tem dificuldades para interpretar o que você diz?
Você consegue perceber quando o outro não compreendeu, ou se irrita e insiste até ouvir um “entendi”, mesmo que o outro não tenha realmente entendido? (risos)
Dostoiévski dizia que é assim que devemos lidar com os tolos.
Sim, segundo ele, é a falta de inteligência emocional que leva uma pessoa a desejar insistentemente a concordância de quem a ouve. Muitas vezes, nos tornamos intolerantes diante de uma interpretação diferente da nossa, simplesmente porque discordam do nosso ponto de vista. Mudamos o tom de voz, recorremos à ironia. Embora todos saibam que, na maioria das vezes, as pessoas dizem “entendi” apenas para encerrar o diálogo, por considerarem inútil continuar uma conversa com quem só sabe discutir.
Mas será que isso não é apenas uma forma de tentar sair vencedor, mesmo sabendo que estamos errados? Volto à questão: qual é o seu nível de tolerância com a interpretação alheia? Você ouve para responder ou para realmente entender?
Sabemos que toda conversa deve ser leve e descontraída, pois quando ela se torna tensa, o que temos não é mais uma conversa, e sim uma discussão. E discutir, como bem sabemos, não vale a pena.
Gratidão;
Dan Dronacharya.
